quarta-feira, janeiro 30, 2008

Bombeiro

Não sei bem se a frase se aplica ao caso, mas vou mencioná-la mesmo assim. "Nasce-se incendiário e acaba-se bombeiro".

Semana passada estava eu em uma conferência onde vários pesquisadores de grandes empresas de tecnologia apresentaram seus estudos. Aqui, vale uma explicação. Em "estudos" leia-se "tecnologia para proteção de conteúdo", do tipo que serve para não deixar copiar, DVD, CD e assemelhados. E em "empresas" leia-se "Sony, NEC, Toshiba, Fujitsu e etc".

Uns anos atrás, lembro que era comum esbarrar nesses tipos de proteção. Conheci vários amigos que quebravam ou conheciam métodos para burlar travas de segurança. E agora cá estou eu, no simpósio nacional sobre isso no Japão. É como se eu tivesse passado para "o outro lado". E, isso, não falando geograficamente.

No meio desses caras com tantas idéias legais, papers bem escritos e slides "animadinhos" (sim, eu não sei fazer pirotecnias no powerpoint). Eu também tive uma idéia.

Vou começar a pegar "as últimas técnicas" direto dos "shoppings Camelot" por todo o Brasil. Terei uma fonte "inesgotável" de assunto para pesquisar. E de quebra ainda arranjo uma desculpa para viajar para o Brasil. Quem sabe até pago pelo futuro empregador.

Não que isso já não tenha sido pensado. Aposto um picolé de limão como essas empresas têm um exército de pessoas por aí procurando essas coisas. A vantagem que eu teria é livre acesso ao "banco de dados Camelot", afinal qualquer brasileiro que vai lá e paga "5 pila" pelo desejado joguinho/DVD/CD recebe "de grátis" uma aula de como "crackear" pelo menos aquele exemplar.

Outra vantagem é que, provavelmente, os peões deste exército não são os mesmos que pesquisam sobre isso. Agora imaginem. Já seria lucro apenas comunicar que certa técnica existe, explicar como funciona e ,claro, batizar o trabalho com um nome bonitinho.

Enfim, bombeiro...

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