sexta-feira, agosto 25, 2006

A Prova


Nesta semana foi distribuida a famosa Medalha Fields, que também é conhecida como prêmio Nobel da matemática, com a diferença de que ela é distribuida a cada 4 anos (como já era lembrado no filme Good Will Hunting).
Entre os vencedores desta edição está o russo Gregori Perelman que escreveu em 2003 a prova de um dos problemas de 1 milhão de doláres, a Conjectura Poincarè. Por uma simples questão de incapacidade mesmo, vou descrever o problema como sendo a especulação de transformar uma figura de 3 dimensões em um ponto dado certas condições.
Dados relevantes: a prova tem 328 páginas (para comparação, a prova do último teorema de Fermat tem cerca de 200), o Instituto Clay oferece 1 milhão de doláres para uma prova que aguente por pelo menos 2 anos ao escrutinío alheio e, para engrossar o caldo, a conjectura já possuia mais de 100 anos sem prova (mais precisamente 102 anos).
O Dr. Perelman faz jus aquele estereótipo de pessoa estranha, como são associados muitas vezes os cientistas. Além de não aceitar o prêmio, não apareceu para receber e até pouco tempo estava recluso (dizem que tem como hobby fazer trilha nas florestas russas para colher cogumelos). Segundo o famoso escritor Simon Singh (que se bobear deve estar preparando um livro sobre a conjectura), para o autor da feito "basta que o problema esteja resolvido e nada mais".
O mundo precisa de pessoas estranhas assim, são eles que lançam luz aos problemas que intrigam nós, os meros mortais, apesar das esquisitices. Mas nesse caso, será que basta mesmo que o problema esteja resolvido e "nada mais"?
Pessoalmente, a prova definitiva só virá depois do anúncio do prêmio de 1 milhão de doláres do Instituto Clay...

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